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Artigo | Adaptações - Fazer ou não fazer?


Tema recorrente aqui no Manjabooki, mas sempre atual.

Fala pessoal!


Após uma semaninha longe da interNERDS, voltamos nessa semana com um artigo original. Embora o assunto seja recorrente, as recentes produções me fizeram voltar novamente neste tema.

O artigo foi desencadeado por uma série de reviews que acompanhei após o meu próprio review da adaptação da Netflix do filme Death Note. Confiram o review AQUI.

O anime, que retrata um jovem genial que toma posse de um poderoso caderno capaz de matar pessoas, foi adaptado e ganhou um dilúvio de críticas de toda parte.

Mas as críticas são plausíveis?

Sim, elas são.

Na minha opinião, adaptar uma obra pronta, originando de qualquer mídia para qualquer mídia é um processo que precisa seguir alguns preceitos básicos. Principalmente se a obra em questão já possuir um grupo de pessoas que a admirem e conheçam suas vertentes.

É exatamente o caso de Death Note. Tanto o anime quanto o mangá possuem fãs pelo mundo inteiro que conhecem a obra de cabo a rabo e gostam dos seus personagens e suas tramas.

Neste caso, como eu citei no review, não é o fato dos atores não serem fisicamente parecidos. Não é isso. O problema é o roteiro, pois muitas vezes os atores apenas interpretam o que lhes é pedido. Tanto é que que justamente o ator que interpreta o L é o mais diferente fisicamente, mas é o que melhor atua, mais próximo do personagem do anime.

O outro lado da moeda é quando um ator consagrado como Willem Dafoe, que faz a voz do Shinigami Ryuk, declara em alto e bom som que não assistiu ao anime para poder ter a liberdade de interpretar da forma que achasse melhor.

Isso beira a estupidez. Para mim, uma adaptação deve mirar inicialmente os fãs. São eles os maiores interessados. A prova disso é que nos trailers a proximidade era muito sentida. Eu me lembro de ver o trailer e visualizar várias cenas baseadas no anime.

Tenho certeza absoluta de que se no trailer a cena do ataque de pelanca que o Light deu quando conheceu Ryuk fosse exibida o hype teria morrido ali.

Por que o hype depende dos fãs?

Porque quem viu os trailers no inicio e acompanhou a produção, aumentando as especulações em torno do produto final e ajudou na divulgação foram os fãs. Se os fãs vissem aquela cena e especulasse que o filme era uma bosta logo no inicio, ninguém teria consumido o produto. Mas os produtores, no momento da divulgação, precisam dos fãs. Então fazem um trailer próprio para chamar estes fãs e apresentam um produto final longe da realidade do original, em nome da liberdade criativa.

Desculpem, mas não concordo e não concordarei jamais. Ainda mais com um produto tão rico e vasto como Death Note. O anime poderia ter sido adaptado de VÁRIAS maneiras. Isso porque o tema principal é: "O que você faria se tivesse o poder da morte?". Esta questão alimenta um repertório de ideias imenso que é capaz de produzir inúmeras histórias excelentes.

Personagens complexos como Misa e L, com seus backgrounds excelentes, junto com o controverso protagonista Light e sua genialidade. Nada disso foi aproveitado. Aliás, não sabemos nada sobre a maioria dos personagens, porque o filme não faz nada para apresentá-los.

A adaptação de Assassin's Creed foi uma boa exceção, assim como a série Deuses Americanos. Death Note se junta aquele grupo encabeçado por Dragon Ball Evolution.

Esse é o problema das adaptações. Quando os fãs não são levados em consideração.

Eu continuo esperando adaptações, pois gosto de ver meus animes, livros e mangás preferidos no cinema. Mas para fazer desta forma, seria melhor que não fizessem. Resta saber como serão as demais.

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